Rolo compactador: conheça a máquina e suas funcionalidades
CGF Seguros • 7 de maio de 2021
Rolo compactador: conheça a máquina e suas funcionalidades

A compactação de solo ocorre desde o começo das sociedades complexas como conhecemos, com a necessidade de criação de estradas firmes e seguras, gerando a demanda por tecnologias e métodos que possibilitassem o tráfego de pessoas e animais. Dos últimos milênios para cá, muita coisa mudou, e hoje o rolo compactador é uma máquina que auxilia nesses processos. 

Entenda mais neste artigo como funciona a máquina e como a tecnologia chegou no ponto em que está hoje.

História da compactação de solo

Os primeiros métodos de compactação de solo envolviam forças de animais e homens. Usava-se o movimento de pés, cascos e patas, similar em alguns casos ao movimento dos modernos tambores de compactação, para realizar o procedimento. 

Mas foi na Roma antiga que surgiram os maiores avanços na sociedade ocidental na construção de estradas. 

O método romano envolvia um corte na largura da estrada planejada, profundo o suficiente para segurar o preenchimento.

Com isso, a terra na parte inferior do corte era compactada com o uso de compactadores pesados e uma fundação com camadas de pedras era colocada sobre esta base. 

Depois, essa camada de pedras era coberta com outra de 9 polegadas (aproximadamente 22 centímetros) de concreto. 

A finalização vinha com 6 polegadas (aproximadamente 15 centímetros) de concreto fino, sobre o qual eram calçadas as pedras. A última camada, então, era compactada com um cilindro de pedra rebocado por tração animal.

O processo de compactação romano foi abandonado com a queda do império e a redução da necessidade de estradas tão elaboradas, mas a demanda voltaria a explodir no século 19 e a industrialização crescente impulsionando novas tecnologias.

Rolo Compactador – Criação e desenvolvimento

O processo de compactação do solo ficou estagnado até meados de 1815, quando um engenheiro escocês chamado John Loudon McAdam introduziu uma nova técnica de pavimentação.

Nela, misturavam-se pequenas pedras com barro ou pó de pedra, mistura que depois era aplicada sobre uma superfície. Em seguida, havia uma etapa de compactação, o que deixava a superfície quase tão dura quanto o concreto que conhecemos hoje.

Mais de 50 anos depois, em 1869, na Inglaterra, surgiram os rolos compressores. Esse era um rolo liso com rodas, usado para a construção de rodovias. 

Foi só em 1930 que a tecnologia de compactação avançou novamente, com o uso da compactação vibratória nas estradas alemãs no começo da construção do sistema rodoviário do país. 

Paralelamente, surgiram na Califórnia os primeiros rolos “pés de carneiro”, com tambores com mais de 1 metro e uma área de contato que variava entre 5 e 8 cm². Esses rolos hoje são usados em compactação de áreas confinadas e se diversificaram em diferentes modelos e versões. 

3 anos depois, R. R. Proctor, um engenheiro civil estadunidense, publicou diversas teorias sobre o efeito da umidade nos resultados da compactação. Os estudos de Proctor viabilizavam uma análise de umidade ideal para os procedimentos de compactação em campo. Com isso, as técnicas de compactação ficaram ainda mais refinadas e eficientes.

Já na década de 40 foi desenvolvido o primeiro rolo compactador vibratório rebocado para compactação de solo, e em 1947 foram construídos os primeiros modelos com rodas de trator instaladas, permitindo velocidades de até 21 km/h. No mesmo ano, os primeiros modelos de placa vibratória chegaram ao mercado. 

Mas foi só em 1960 que começaram a surgir os rolos compactadores de massa asfáltica quente. A partir daí, o desenvolvimento de novas máquinas acelerou e chegou ao ponto atual. Abaixo, veremos alguns dos principais tipos de rolo compactador disponíveis hoje.

Tipos de rolo compactador

O rolo compactador (ou compressor, embora essa grafia não seja 100% precisa) é um equipamento para adensar terra, areia e outros tipos de solo, criando um melhor substrato para obra, seja prédio, rodovia ou represa. 

Podem ser tracionados, autopropelidos, de motor elétrico ou combustão interna. Além disso, cada tipo de solo exige um modelo distinto. 

Rolo Compactador Liso ou Single-drum

Essa máquina normalmente é utilizada para compactação de base em trabalhos de terraplanagem ou asfalto e funciona com cilindro único vibratório. Além disso, o sistema atua com um peso excêntrico localizado no eixo central do cilindro. 

Assim, ao acionar o movimento de rotação, o cilindro vibra em amplitude medida em Hertz, golpeando o solo várias vezes por segundo. 

Com isso, a força é aumentada e as ondas de choque reduzem o atrito entre as partículas no solo, o que facilita a compactação.

Esse tipo de modelo pode danificar edificações próximas, tubulações enterradas e outros obstáculos na região. Por isso, não são recomendados em determinadas aplicações e localidades, como obras dentro das cidades.

O modelo liso é usado para solos arenosos e granulares, enquanto o modelo com patas é para solos mais coesivos e argilosos.

Rolo Compactador Pé de Carneiro

Essas máquinas podem ter o cilindro com patas ou usar um cilindro liso com uma capa com patas. Nesse segundo caso, o equipamento fica mais versátil, possibilitando duas atuações distintas. 

As patas penetram superficialmente no solo e aumentam a área de contato, dessa maneira, a coesão entre partículas é quebrada e a evaporação é ampliada. 

A umidade do solo é fator determinante para o sucesso das operações, por isso, os estudos de compactação de R. R. Proctor citados acima foram tão importantes no segmento. Caso o solo esteja muito molhado, ficará saturado.

O nome Pé de Carneiro também tem ligação histórica, e trata da prática rodoviária romana de passar rebanhos de ovelhas consecutivamente sobre o material base para compactar estradas. 

O rolo pé de carneiro funciona entre 6 e 10 km/h, e normalmente são exigidos 6 a 10 ciclos para a densidade ideal ser atingida (equivalente a 12-20 idas e voltas da máquina).

Rolo Compactador Tandem

Usados principalmente para compactação de camadas asfálticas, já que não possuem pneus de tração como os rolos compactadores lisos e, por isso, não deixam marcas quando passam, os rolos compactadores Tandem são compostos por um duplo cilindro vibratório.

Por essa composição, funcionam apenas para as etapas finais nas rodovias e vias locais.

Rolo Compactador Combinado

Os rolos compactadores combinados possuem um cilindro vibratório dianteiro e pneus de borracha no eixo traseiro. Graças à sua composição, são recomendados para serviços pequenos como operações de tapa buraco ou pequenos reparos em vias, e não devem ser usados em obras de grande porte. 

A sobreposição de pneus dianteiros e traseiros exige maior cautela durante a compactação, já que devem ser evitadas partes descobertas sem a passagem dos pneus. 

Rolo Compactador Pneumático

Atuam na etapa final de acabamento da camada asfáltica. Os pneus do eixo dianteiro ficam entre os espaços dos pneus do eixo traseiro, garantindo largura total de rolagem compactadora. 

Além disso, como não possui movimento vibratório, esse rolo compactador é utilizado em pontes, viadutos e demais locais onde são proibidas as ações vibratórias pelo risco de dano às estruturas.

Também são muito eficientes para materiais granulares, selamento de superfícies e compactação de solos finos. A pressão de compactação vem da pressão dos pneus, de cima para baixo, variando conforme pressão ou peso do lastro.

Tecnologia oscilatória

Os rolos compactadores de tecnologia oscilatória atuam com um sistema em que o cilindro fica em contato permanente com o solo. Com isso, ocorre um movimento oscilatório sem ondas de choque que leva a um grau de compactação maior que o sistema vibratório.

Sequência de uso de máquinas para compactação do solo

Rolos compactadores são usados em diferentes aplicações, mas são mais conhecidos pelos trabalhos de asfaltamento em rodovias e vias urbanas. 

Sua ordem de aplicação e maquinário exigido variam de acordo com a mistura asfáltica e o tamanho da operação, mas a sequência mais comum é a seguinte:

  1. Rolo duplo liso vibratório (rolo tandem): Pode ser usado em todas as misturas asfálticas. A capacidade de compactação é causada pelas vibrações do sistema somadas ao peso da máquina.
  2. Rolo estático de pneus: São usados para selar, desempenar e dar acabamento final a misturas asfálticas contínuas. O ideal é que o número de pneus seja par, garantindo distribuição igual de peso entre os eixos. 
  3. Rolos combinados: junção da compactação vibratória com a estática. O cilindro vibratório fica no eixo dianteiro e os pneus lisos de compactação por peso no traseiro. No Brasil, é comum que sejam passados primeiro e depois venham rolos de chapa lisa, para evitar marcas de pneu no asfalto quente e gerar maior acabamento.

Não importa qual máquina seja usada, para garantir maior vida útil do seu equipamento e proteger suas operações de compactação é necessário um seguro capaz de atender às necessidades do seu negócio.

Conheça as soluções em seguro para máquinas e equipamentos da CGF Seguros e proteja sua frota!

Comente

Posts Relacionados

Por Felipe Barboza 21 de julho de 2025
Evite sinistros em máquinas pesadas com dicas práticas de segurança, manutenção e prevenção de tombamentos, furtos, incêndios e mais.
Por Ivina Tomaz 16 de maio de 2025
Gerenciar uma frota de veículos pesados é um desafio constante para empresas dos setores de construção civil, mineração, logística e transporte. Os custos operacionais representam uma parte significativa do orçamento, e proteger máquinas e equipamentos é fundamental para evitar prejuízos financeiros. Nesse cenário, o seguro para frota de máquinas e equipamentos pesados é uma solução eficiente para reduzir custos e proteger seus investimentos. A importância da gestão de custos em frotas de veículos pesados A frota de veículos pesados é um dos principais responsáveis pelos custos operacionais, especialmente em segmentos como construção e mineração. O desafio está em equilibrar a operação, garantir segurança, evitar quebras inesperadas e controlar os gastos com manutenção. Principais fatores que impactam os custos da operação: Combustível: Veículos pesados têm alto consumo, e a alta dos preços pode pressionar o orçamento; Manutenção e reparos: A manutenção preventiva é essencial para prolongar a vida útil, evitando gastos elevados e imprevistos: Prejuízos decorrentes de acidentes e danos: Acidentes e danos às máquinas e veículos pesados podem gerar custos significativos, afetando diretamente o orçamento da empresa e comprometendo o andamento das operações. Riscos comuns em frota de veículos pesados e seus impactos financeiros Não há como evitar totalmente os imprevistos na gestão de frota de veículos pesados, mas é possível minimizar os riscos e reduzir os custos decorrentes de sinistros. Quando falamos de sinistros em máquinas e equipamentos pesados, alguns dos incidentes mais comuns incluem: Colisões e acidentes: Os veículos pesados, especialmente em locais de construção ou ambientes industriais, estão expostos a riscos de colisões e acidentes. Roubo e furto de equipamentos: O roubo de veículos pesados é um problema crescente, especialmente em áreas onde há falta de vigilância ou sistemas de segurança inadequados. Danos causados por condições climáticas extremas: Veículos pesados também estão expostos a danos causados por tempestades, alagamentos ou ventos fortes. Desgaste anormal de peças: A falta de manutenção preventiva adequada pode resultar em desgaste excessivo de peças e componentes dos veículos, o que, além de comprometer a segurança, gera custos elevados com a troca de peças e a necessidade de reparos emergenciais. Danos a propriedade ou terceiros: Um acidente envolvendo um veículo pesado pode causar danos a propriedades de terceiros, ou até mesmo lesões a pessoas. Como o seguro pode reduzir custos e garantir mais segurança Investir em um seguro adequado para a frota de veículos pesados é uma estratégia inteligente para minimizar os riscos e proteger o patrimônio da empresa. Cobertura contra danos acidentais: Em caso de colisões ou acidentes, o seguro pode cobrir os custos de reparação dos danos, evitando que a empresa tenha que arcar com as despesas do reparo, que podem ser elevadas. Proteção contra roubo ou furto: Ao garantir a cobertura contra roubo ou furto de veículos pesados, a empresa pode ter o valor do bem ressarcido, o que facilita a reposição de equipamentos essenciais para o andamento das operações. Cobertura de danos causados por condições climáticas: O seguro pode cobrir danos causados por condições climáticas extremas, como enchentes ou quedas de árvores. Conclusão Reduzir custos e garantir mais segurança para a frota de veículos pesados é um desafio, mas com as estratégias certas, é possível alcançar ambos os objetivos de forma eficaz. Investir em um seguro adequado, adotar uma gestão de frota eficiente e priorizar a manutenção preventiva são medidas fundamentais para minimizar riscos e custos operacionais. Com o apoio de uma corretora especializada como a CGF Seguros, sua empresa estará mais protegida contra os imprevistos, garantindo a continuidade das operações sem comprometer o orçamento.
Por Ivina Tomaz 21 de março de 2025
A segurança no trabalho é essencial em setores de risco, como construção civil e indústria. O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) é fundamental para reduzir acidentes e promover a integridade dos colaboradores. Com foco em ambientes que lidam com máquinas e equipamentos pesados, como os atendidos pela CGF Seguros, vamos explorar as diferenças, funções de EPIs e EPCs e suas normas de uso. O que é EPI? O Equipamento de Proteção Individual (EPI) protege o trabalhador contra riscos específicos em suas atividades. Seu uso é regulamentado pela NR-6 do Ministério do Trabalho e Emprego, descrita no Art. 166 na Lei nº 6.514 criada em 22 de dezembro de 1977. Ela define a obrigatoriedade do fornecimento gratuito de EPI pelo empregador e orienta o uso adequado pelo empregado. Exemplos de EPI EPIs comuns incluem capacetes, óculos de proteção, luvas, protetores auriculares, máscaras, cintos de segurança e botas de proteção. Cada EPI é escolhido de acordo com o risco específico que o trabalhador enfrenta e é de uso individual. O que é EPC? O Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é utilizado para proteger o grupo de trabalhadores, eliminando ou reduzindo os riscos no ambiente de trabalho. A NR-9, prevista inicialmente pela Portaria MTb nº 3.214 na data de 08 de junho de 1978, regulamenta os EPCs. Com o passar dos anos, essa norma foi alterada com o intuito de estabelecer a criação de Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que exigem a identificação e controle dos riscos no ambiente. Exemplos de EPC Entre os EPCs mais comuns estão barreiras de proteção, sistemas de ventilação, sinalização de segurança, alarmes, extintores de incêndio, guarda-corpos e isolamento acústico. Esses dispositivos protegem todos os colaboradores expostos aos riscos no local. Diferenças entre EPI e EPC EPIs e EPCs têm papéis distintos e complementares: Foco de proteção : EPI protege individualmente, EPC protege coletivamente. Responsabilidade : o empregador fornece e orienta o uso de EPI, sendo o trabalhador responsável pelo uso adequado. Já o EPC, é de responsabilidade exclusiva do empregador. Aplicação e custos : EPIs são mais acessíveis e de uso individual. EPCs possuem custo maior de instalação e protegem todos os envolvidos. Integração de EPI e EPC no ambiente de trabalho O uso combinado de EPI e EPC oferece uma proteção mais abrangente. Na construção civil, por exemplo, capacetes e luvas protegem o trabalhador individualmente, enquanto andaimes e barreiras coletivas protegem toda a equipe. Na indústria, protetores auriculares e máscaras, aliados a sistemas de ventilação e sinalização, criam um ambiente mais seguro. Como a CGF Seguros pode apoiar a segurança no seu trabalho Agora você já sabe sobre os equipamentos de proteção individual e coletiva e como evitar situações de risco nas operações do seu trabalho. Se o seu objetivo é proteger suas máquinas, equipamentos e até mesmo sua empresa, a CGF Seguros é especialista nesse assunto. Com a CGF você conta com uma consultoria personalizada e proteção de acordo com os riscos do seu negócio. Perguntas frequentes: 1. O que é EPI? Equipamento de Proteção Individual para proteger o trabalhador de riscos específicos. 2. O que é EPC? Equipamento de Proteção Coletiva, que protege o conjunto de trabalhadores no ambiente. 3. Quais são exemplos de EPI? Capacetes, luvas, máscaras, protetores auriculares, entre outros. 4. Quais são exemplos de EPC? Barreiras de proteção, ventilação, sinalização, alarmes, extintores. 5. Quem fornece o EPI? O empregador deve fornecer gratuitamente. 6. O trabalhador é obrigado a usar o EPI? Sim, conforme as orientações de segurança. 7. O EPC pode substituir o EPI? Não, eles são complementares. 8. Qual norma regulamenta o uso de EPI? A NR-6. 9. Qual norma regulamenta o uso de EPC? A NR-9. 10. Qual a diferença entre EPI e EPC? EPI protege individualmente; EPC protege coletivamente. 11. Qual é o custo do EPI? Varia conforme o tipo, sendo mais acessível que o EPC. 12. Quem mantém o EPC? A empresa é responsável por instalação e manutenção. 13. EPI é obrigatório em todos os trabalhos? Sempre que o ambiente apresenta riscos. 14. EPI com CA é obrigatório? Sim, deve ter Certificado de Aprovação (CA). 15. Existe algum seguro que oferece proteção contra danos em máquinas? Sim, a CGF oferece seguros para máquinas e equipamentos, atendendo a necessidade de segurança.

Que tal ficar ainda mais informado sobre os seguros de máquinas? Se inscreva em nossa newsletter.

Contate-nos