Como fazer a limpeza de máquinas e equipamentos pesados?
CGF Seguros • 9 de abril de 2021
Como fazer a limpeza de máquinas e equipamentos pesados?

A limpeza de máquinas e equipamentos pesados não tem só ligação com a higiene e aspecto visual, mas também com a proteção de componentes da máquina e a manutenção de uma vida útil mais longa e redução de falhas.

Pinos, buchas e mangueiras precisam de revisão diária em equipamentos operando em terraplanagem, concretagem, aterros sanitários, canaviais ou mineração. Esses locais geram muito contato com barro e outros resíduos e fluidos.

Contudo, as máquinas, em diferentes locais de operação, exigem cuidados próprios. Neste artigo, iremos explorar as diferenças na limpeza entre máquinas e equipamentos pesados. Confira:

Qual o procedimento ideal de limpeza de máquinas e equipamentos pesados?

O ideal é sempre levar a máquina ou equipamento a uma oficina especializada para realizar uma limpeza completa e ecologicamente correta, contudo, algumas operações não permitem essa movimentação diária ou semanal. 

Por isso, as empresas responsáveis pelas máquinas devem criar regulamentos e rotinas próprias. No geral, o procedimento recomendado e mais geral é:

  1. Equipar colaborador responsável pela limpeza com os EPIs adequados: óculos, luvas e máscara respiratória – para evitar contaminação por resíduos tóxicos;
  2. Pedaços secos de material (argila e pedra) devem ser soltos manualmente usando barra de aço ou pá. Nessa etapa inicial não se deve usar jatos de água com alta pressão;
  3. Depois de remover os detritos sólidos, eles devem ser recolhidos e despejados no local correto. Caso fiquem na área de limpeza, irão liquefazer e dificultar as próximas etapas;
  4. Os acúmulos de graxa são removidos também de maneira manual. Deve-se retirar os pedaços ou limpá-los com panos específicos;
  5. Após a remoção dos detritos sólidos do local de trabalho, começa a etapa de pulverização com canhão de água. Isso remove os detritos que não foram desalojados manualmente. Recomenda-se água quente que não ultrapasse 60° antes da adição de detergente;
  6. O detergente precisa ser aplicado com moderação, já que existe a possibilidade de contaminação do motor e radiadores no caso de algum descuido;
  7. Solventes de limpeza especiais e detergentes podem ficar sobre as superfícies por até meia hora. Isso é tempo suficiente para os produtos removerem quimicamente os resíduos;
  8. Depois disso, é feita uma nova lavagem com água, partindo da parte superior da máquina e descendo;
  9. Pneus e mangueiras de borracha precisam passar por lavagem própria usando os produtos adequados;
  10. Vidros devem ser limpos e polidos com água e sabão neutro;
  11. Ao finalizar a limpeza externa, é necessário realizar a interna: deve-se usar um aspirador e fazer a manutenção manualmente. Lavagem com água de alta pressão nunca deve ser usada na cabine ou nos controles;
  12. Depois de limpar o interior da cabine e o exterior da máquina, ela pode secar ao sol. Algumas empresas, nessa etapa, usam máquinas de ar comprimido para acelerar o processo;
  13. Assim que a máquina estiver seca, deve ser lubrificada adequadamente e então estará pronta para uso.

Esse processo atende a todas as máquinas de maneira geral, mas existem detalhes específicos para algumas operações. Abaixo, veremos brevemente cada um deles.

Limpeza de máquinas e equipamentos pesados em setores específicos

Lavagem de tratores de esteiras de aterros sanitários

Essas máquinas precisam de limpeza semanal para remover o lixo preso que bloqueia e gruda nas peças. Os principais detritos nesses casos são os resíduos plásticos acumulados.

Além disso, geralmente são soldadas barras de desgaste no chassi inferior, que tem contato direto com o lixo. Ao realizar a limpeza da máquina, essa barra deve ser vistoriada. Caso se observe desgaste, a mesma precisa ser substituída por outra.

As barras de desgaste evitam perfurações por vergalhões e resíduos em meio ao lixo, além de protegerem os componentes internos do equipamento do chorume, um líquido formado pelo lixo que pode ser extremamente tóxico tanto para máquinas quanto para seres humanos.

Lavagem de máquinas pesadas utilizadas no agronegócio

A limpeza de máquinas no agronegócio precisa focar em outro ponto importante: fertilizantes e defensivos agrícolas.

A química desses líquidos pode afetar os componentes eletrônicos de máquinas e equipamentos. Por isso, é necessária uma proteção específica para evitar danos e desgastes desnecessários. 

Assim, a rotina de limpeza de equipamentos no agronegócio também deve ser semanal.

Outro ponto de atenção envolve as operações com bagaço de cana. O material seco entra no radiador e adjacências e causa aquecimento interno excessivo. 

As pás carregadeiras envolvidas nesse trabalho devem ser limpas diariamente para impedir a formação das crostas, e o uso de caçambas maiores, implementos qualificados e kits de proteção são altamente recomendados. 

Também por conta dos resíduos do bagaço de cana, o filtro de ar deve ser verificado com maior regularidade. 

Quem não quer problemas com incêndio em máquinas pesadas precisa se atentar aos cavados de madeira, cereais, ração animal e ao ambiente muitas vezes poeirento do meio rural. 

Muitos materiais são de fácil combustão e podem prejudicar permanentemente as máquinas. Por isso, a limpeza diária nesses casos também é essencial. 

Lavagem de máquinas pesadas utilizadas em obras no geral

O maior problema nas obras costuma ser o acúmulo de lama, que contribui para ferrugem, corrosão e atrapalha a troca de calor dos componentes com o meio, o que pode levar a um aquecimento excessivo do motor.

Por isso, a limpeza da máquina como indicamos nos passos acima ajuda a eliminar esses problemas e levam a uma vida útil maior. 

Detalhe importante: a limpeza não deve ser feita sob o sol, apenas a secagem. A reação da luz solar com os solventes de resíduos químicos pode causar problemas à lataria ou componentes internos.

Tudo que for borracha deve ser limpo apenas com água e sabão neutro, já que muitos componentes prejudicam e desgastam borrachas em geral. 

E as rodas devem seguir o mesmo princípio, pois quem usa produtos abrasivos e esponjas com fio de aço vê desgaste no acabamento dos pneus e das regiões metálicas.

Lavagem de caminhões

Caminhões devem ser lavados com esponja molhada em solução de água e sabão neutro. O procedimento é similar à lavagem de máquinas descrita na primeira parte deste artigo. Além disso, a esponja precisa ser espremida de tempos em tempos, removendo a poeira que pode arranhar a pintura.

Lavagem de caminhão betoneira

Os cuidados na lavagem de betoneiras está direcionado principalmente para a limpeza do tambor. Essa limpeza evita a formação de crostas de cimento perto das aletas. Por conta dessa preocupação, a parte interna do tambor deve ser lavada todos os dias.

Nessa limpeza de tambor, recomenda-se adicionar algumas poucas pedras com a água para remover o concreto de dentro do tambor. Finalizada a limpeza, inverte-se a rotação do tambor e descarrega-se a água.

O concreto agarrado às outras partes do equipamento também deve ser removido regularmente, seja na calha de transporte ou chassi. A limpeza de concreto deve ser realizada em rampa de lavagem específica, pois existem preocupações ambientais com o resíduo.

Gostou dessas dicas de manutenção da vida útil das máquinas através da limpeza? Acesse nosso guia gratuito com mais dicas para manter suas máquinas funcionando da maneira correta.

Comente

Posts Relacionados

Por Felipe Barboza 21 de julho de 2025
Evite sinistros em máquinas pesadas com dicas práticas de segurança, manutenção e prevenção de tombamentos, furtos, incêndios e mais.
Por Ivina Tomaz 16 de maio de 2025
Gerenciar uma frota de veículos pesados é um desafio constante para empresas dos setores de construção civil, mineração, logística e transporte. Os custos operacionais representam uma parte significativa do orçamento, e proteger máquinas e equipamentos é fundamental para evitar prejuízos financeiros. Nesse cenário, o seguro para frota de máquinas e equipamentos pesados é uma solução eficiente para reduzir custos e proteger seus investimentos. A importância da gestão de custos em frotas de veículos pesados A frota de veículos pesados é um dos principais responsáveis pelos custos operacionais, especialmente em segmentos como construção e mineração. O desafio está em equilibrar a operação, garantir segurança, evitar quebras inesperadas e controlar os gastos com manutenção. Principais fatores que impactam os custos da operação: Combustível: Veículos pesados têm alto consumo, e a alta dos preços pode pressionar o orçamento; Manutenção e reparos: A manutenção preventiva é essencial para prolongar a vida útil, evitando gastos elevados e imprevistos: Prejuízos decorrentes de acidentes e danos: Acidentes e danos às máquinas e veículos pesados podem gerar custos significativos, afetando diretamente o orçamento da empresa e comprometendo o andamento das operações. Riscos comuns em frota de veículos pesados e seus impactos financeiros Não há como evitar totalmente os imprevistos na gestão de frota de veículos pesados, mas é possível minimizar os riscos e reduzir os custos decorrentes de sinistros. Quando falamos de sinistros em máquinas e equipamentos pesados, alguns dos incidentes mais comuns incluem: Colisões e acidentes: Os veículos pesados, especialmente em locais de construção ou ambientes industriais, estão expostos a riscos de colisões e acidentes. Roubo e furto de equipamentos: O roubo de veículos pesados é um problema crescente, especialmente em áreas onde há falta de vigilância ou sistemas de segurança inadequados. Danos causados por condições climáticas extremas: Veículos pesados também estão expostos a danos causados por tempestades, alagamentos ou ventos fortes. Desgaste anormal de peças: A falta de manutenção preventiva adequada pode resultar em desgaste excessivo de peças e componentes dos veículos, o que, além de comprometer a segurança, gera custos elevados com a troca de peças e a necessidade de reparos emergenciais. Danos a propriedade ou terceiros: Um acidente envolvendo um veículo pesado pode causar danos a propriedades de terceiros, ou até mesmo lesões a pessoas. Como o seguro pode reduzir custos e garantir mais segurança Investir em um seguro adequado para a frota de veículos pesados é uma estratégia inteligente para minimizar os riscos e proteger o patrimônio da empresa. Cobertura contra danos acidentais: Em caso de colisões ou acidentes, o seguro pode cobrir os custos de reparação dos danos, evitando que a empresa tenha que arcar com as despesas do reparo, que podem ser elevadas. Proteção contra roubo ou furto: Ao garantir a cobertura contra roubo ou furto de veículos pesados, a empresa pode ter o valor do bem ressarcido, o que facilita a reposição de equipamentos essenciais para o andamento das operações. Cobertura de danos causados por condições climáticas: O seguro pode cobrir danos causados por condições climáticas extremas, como enchentes ou quedas de árvores. Conclusão Reduzir custos e garantir mais segurança para a frota de veículos pesados é um desafio, mas com as estratégias certas, é possível alcançar ambos os objetivos de forma eficaz. Investir em um seguro adequado, adotar uma gestão de frota eficiente e priorizar a manutenção preventiva são medidas fundamentais para minimizar riscos e custos operacionais. Com o apoio de uma corretora especializada como a CGF Seguros, sua empresa estará mais protegida contra os imprevistos, garantindo a continuidade das operações sem comprometer o orçamento.
Por Ivina Tomaz 21 de março de 2025
A segurança no trabalho é essencial em setores de risco, como construção civil e indústria. O uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) é fundamental para reduzir acidentes e promover a integridade dos colaboradores. Com foco em ambientes que lidam com máquinas e equipamentos pesados, como os atendidos pela CGF Seguros, vamos explorar as diferenças, funções de EPIs e EPCs e suas normas de uso. O que é EPI? O Equipamento de Proteção Individual (EPI) protege o trabalhador contra riscos específicos em suas atividades. Seu uso é regulamentado pela NR-6 do Ministério do Trabalho e Emprego, descrita no Art. 166 na Lei nº 6.514 criada em 22 de dezembro de 1977. Ela define a obrigatoriedade do fornecimento gratuito de EPI pelo empregador e orienta o uso adequado pelo empregado. Exemplos de EPI EPIs comuns incluem capacetes, óculos de proteção, luvas, protetores auriculares, máscaras, cintos de segurança e botas de proteção. Cada EPI é escolhido de acordo com o risco específico que o trabalhador enfrenta e é de uso individual. O que é EPC? O Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) é utilizado para proteger o grupo de trabalhadores, eliminando ou reduzindo os riscos no ambiente de trabalho. A NR-9, prevista inicialmente pela Portaria MTb nº 3.214 na data de 08 de junho de 1978, regulamenta os EPCs. Com o passar dos anos, essa norma foi alterada com o intuito de estabelecer a criação de Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), que exigem a identificação e controle dos riscos no ambiente. Exemplos de EPC Entre os EPCs mais comuns estão barreiras de proteção, sistemas de ventilação, sinalização de segurança, alarmes, extintores de incêndio, guarda-corpos e isolamento acústico. Esses dispositivos protegem todos os colaboradores expostos aos riscos no local. Diferenças entre EPI e EPC EPIs e EPCs têm papéis distintos e complementares: Foco de proteção : EPI protege individualmente, EPC protege coletivamente. Responsabilidade : o empregador fornece e orienta o uso de EPI, sendo o trabalhador responsável pelo uso adequado. Já o EPC, é de responsabilidade exclusiva do empregador. Aplicação e custos : EPIs são mais acessíveis e de uso individual. EPCs possuem custo maior de instalação e protegem todos os envolvidos. Integração de EPI e EPC no ambiente de trabalho O uso combinado de EPI e EPC oferece uma proteção mais abrangente. Na construção civil, por exemplo, capacetes e luvas protegem o trabalhador individualmente, enquanto andaimes e barreiras coletivas protegem toda a equipe. Na indústria, protetores auriculares e máscaras, aliados a sistemas de ventilação e sinalização, criam um ambiente mais seguro. Como a CGF Seguros pode apoiar a segurança no seu trabalho Agora você já sabe sobre os equipamentos de proteção individual e coletiva e como evitar situações de risco nas operações do seu trabalho. Se o seu objetivo é proteger suas máquinas, equipamentos e até mesmo sua empresa, a CGF Seguros é especialista nesse assunto. Com a CGF você conta com uma consultoria personalizada e proteção de acordo com os riscos do seu negócio. Perguntas frequentes: 1. O que é EPI? Equipamento de Proteção Individual para proteger o trabalhador de riscos específicos. 2. O que é EPC? Equipamento de Proteção Coletiva, que protege o conjunto de trabalhadores no ambiente. 3. Quais são exemplos de EPI? Capacetes, luvas, máscaras, protetores auriculares, entre outros. 4. Quais são exemplos de EPC? Barreiras de proteção, ventilação, sinalização, alarmes, extintores. 5. Quem fornece o EPI? O empregador deve fornecer gratuitamente. 6. O trabalhador é obrigado a usar o EPI? Sim, conforme as orientações de segurança. 7. O EPC pode substituir o EPI? Não, eles são complementares. 8. Qual norma regulamenta o uso de EPI? A NR-6. 9. Qual norma regulamenta o uso de EPC? A NR-9. 10. Qual a diferença entre EPI e EPC? EPI protege individualmente; EPC protege coletivamente. 11. Qual é o custo do EPI? Varia conforme o tipo, sendo mais acessível que o EPC. 12. Quem mantém o EPC? A empresa é responsável por instalação e manutenção. 13. EPI é obrigatório em todos os trabalhos? Sempre que o ambiente apresenta riscos. 14. EPI com CA é obrigatório? Sim, deve ter Certificado de Aprovação (CA). 15. Existe algum seguro que oferece proteção contra danos em máquinas? Sim, a CGF oferece seguros para máquinas e equipamentos, atendendo a necessidade de segurança.

Que tal ficar ainda mais informado sobre os seguros de máquinas? Se inscreva em nossa newsletter.

Contate-nos