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Máquina parada: possíveis prejuízos e como evitá-los
CGF Seguros • jun. 18, 2021
Máquina parada: possíveis prejuízos e como evitá-los

Quem tem máquinas e equipamentos pesados sabe como a paralisação das atividades pode impactar diretamente o sucesso financeiro do negócio. Quando a frota não está em atividade, temos os resultados a longo prazo afetados. Por isso, há o ditado “máquina parada dinheiro parado”.

Neste artigo, iremos explorar como calcular o rendimento e os prejuízos nas operações, além de falarmos sobre como evitar esse tipo de problema nas empresas. Confira.

Por que calcular o custo de máquina parada?

Saber calcular e manter relatórios de máquina parada é importante para o sucesso financeiro de um negócio a longo prazo.

É importante entender como a paralisação das atividades e a falta de serviços impactam negativamente o caixa da empresa para que possam ser pensadas estratégias capazes de reverter cenários negativos.

Tome como exemplo casos em que, sem saber o custo por hora de cada máquina, as empresas cobram abaixo do valor necessário para sustentar as atividades, em períodos de crise, e precisam cessar suas atividades.

Mesmo com a alta na demanda de máquinas e equipamentos pesados por conta do aquecimento do mercado de construção civil, atualmente é importante se atentar a esses fatores e saber por onde o dinheiro entra e sai.

Métodos de cálculo de Mão de Obra Direta – MOD

Um dos primeiros pontos a se considerar no custo de máquina parada envolve o MOD, Mão de Obra Direta, um cálculo de valor por hora da força de trabalho humana nas empresas. 

O valor do MOD serve não só para os operadores de máquinas, mas para toda a equipe, do time comercial à gerência, e dá um panorama amplo sobre os impactos no time contratado diante de imprevistos ou falta de serviços. 

A equação para cálculo de mão de obra direta (MOD) é:

MOD = Salário Nominal + Encargos Sociais / Número de horas trabalhadas. 

Por exemplo: 

  • Salário Nominal = 1600 reais;
  • Encargos Sociais = 400 reais;
  • Horas trabalhadas = 160 horas/mês.
  • MOD = 1600 + 400 / 160
  • MOD = R$12,5/h

Se a sua frota conta com 4 operadores de máquinas com MOD individual de R$12,5/h, um dia com 2 horas de serviço sem atividade gastam R$100,00. 

Ao longo de uma semana com a mesma rotina, isso equivale a R$500,00 e, em um mês com vinte dias úteis apenas, R$2000,00 ao fechar o caixa para o período.

Ou seja, essa inatividade em duas horas de serviço por dia dos quatro operadores durante um mês custou o equivalente a um mês de salário para a empresa. 

Cálculo de RUP na Construção Civil e em Máquinas

A RUP é uma unidade de medida que avalia o número de homens-hora por metro quadrado para chegar a um indicador de produtividade. 

A utilidade da RUP na construção civil normalmente se dá nas operações em prédios, como, por exemplo, na instalação de azulejos por andar. 

O cálculo de RUP se dá por: RUP = Hh/Qs, onde:

  • Hh = número de homens-hora
  • Qs = quantidade de serviços (m²)

Ou seja, em uma obra em que 4 homens executam 32 m² de piso em 8 horas, você tem uma RUP de 1. Ou seja, 1 homem, em 1 hora, faz o equivalente a 1 m² desse serviço). Quanto menor a RUP, maior a eficiência.

Esse conceito também pode ser aproveitado para a operação de máquinas e equipamentos pesados. Por exemplo, em abertura de valetas com retroescavadeira, pode-se usar a mesma conta para saber o RUP da operação.

Variações ao longo dos dias são esperadas, mas um aumento inesperado no RUP pode indicar maior tempo de máquina parada, problemas com o equipamento ou outros fatores. Ao identificar o problema e corrigi-lo com rapidez, é possível manter um ritmo constante para as operações e garantir uma execução dentro dos prazos estipulados.

Plano de Controle de Produção (PCP) para Máquinas Pesadas

O Plano de Controle de Produção ajuda no cálculo de gastos em diferentes segmentos e atividades da indústria. 

Contudo, para realizá-lo com precisão, é necessário seguir uma série de passos para chegar ao resultado mais próximo do real.

No caso do PCP para máquinas e equipamentos pesados, temos:

Passo 1 – Custo de depreciação anual

Determinar o valor de aquisição da máquina e sua taxa de depreciação por hora, no caso: (custo de depreciação anual) / (número de horas de trabalho úteis no ano). 

Exemplo: 

  • custo da máquina: R$200.000,00
  • depreciação anual: 10%
  • horas de trabalho úteis anuais (horas de trabalho por dia x número de dias úteis ano): 8×252=2016
  • custo de depreciação anual = 20.000/2016 = R$9,92 por hora útil

Passo 2 – Gasto de área ocupada por máquina por hora

Tome como base o valor do aluguel ou valor do terreno usado. A equação usada é: (metro quadrado utilizado x valor por metro quadrado) / (total de horas úteis no mês).

Por exemplo:

O valor do metro quadrado alugado em Campinas no ano de 2019 era de aproximadamente R$32,00. Um galpão onde as máquinas ocupam 8m² terá então:

  • 8×32: 176 reais por mês com a área para as máquinas.
  • Os meses costumam ter, em média, 21 dias úteis, então: 21×8=168 horas úteis no mês
  • 176/168= R$1,04 reais por metro quadrado por hora útil.

Passo 3 – Gasto de energia elétrica por hora

O ideal nesse caso é ter um medidor à parte para o galpão, podendo calcular dessa forma o custo de energia elétrica do local separadamente. 

Esse cálculo pode ser muito complexo, por isso, pode-se usar a estratégia de potência nominal da máquina. Para isso, faça: Potência da máquina x valor do kW/h

Por exemplo:

Importante observar que, nesse caso, está sendo considerado o gasto de energia de uma máquina pesada dentro do grid de energia de uma cidade. Esta fórmula é muito utilizada para máquinas industriais, contudo, também pode ser útil para equipamentos da linha amarela. Nesse caso, basta que a equação leve em conta os custos de energia elétrica dos equipamentos de luz e para manutenção da máquina quando no galpão (pressurizadoras de água para limpeza, sistemas de checagem, por exemplo).

Passo 4 – Consumíveis por hora em um ano

Calcule retroativamente o valor em consumíveis gastos por hora útil nos últimos anos e tire uma média. Depois, divida o valor pelo número de horas úteis: (Valor gasto em consumíveis) / (horas úteis por ano).

Exemplo:

  • Média de gastos com consumíveis nos últimos 3 anos (combustível, óleo, pneus etc.): R$40.000,00
  • Valor por hora: 40.000/2016= R$19,86 por hora.

Passo 5 – Custo com manutenção por hora em um ano

Segue a mesma lógica do passo 4. Basta tirar a média dos últimos 3 anos e dividir pelo valor de horas úteis no ano: (custo de manutenção anual) / (horas úteis por ano) .

A SOBRATEMA possui uma tabela de custo horário gratuita para seus associados. Por isso, iremos pular o exemplo de cálculo e usar o valor indicado para retroescavadeira de R$30,39.

Passo 6 – Somatório dos valores individuais

Ao somar todos os valores acima temos: R$9,92 + R$1,04 + R$19,86 + R$30,39 = R$61,21 por hora útil de trabalho. Somando ao custo de MOD de um único operador, teríamos R$73,71 por hora parada. 

Conclusão

Calcular o valor de máquina parada é fundamental para saber as perdas do negócio em caso de falhas, acidentes ou paralisações nas atividades no espaço de trabalho. Dessa forma, os gestores conseguem saber melhor quais são os prejuízos com a inatividade dos equipamentos e as oportunidades de ganho perdidas ao final de um ano.

Existem ainda inúmeros outros valores que podem ser agregados para um melhor entendimento do valor de máquina parada, mas cabe a cada empresa determinar os melhores parâmetros para refinar a conta.

O importante com tudo isso é entender que as máquinas devem ficar paradas a menor quantidade de tempo possível. 

A melhor maneira de garantir a continuidade sem interrupções graves do fluxo de trabalho é através dos seguros para máquinas e equipamentos, que podem proteger as frotas em caso de sinistro.  Clique aqui e saiba mais sobre essa solução.

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